18.10.09

Pêro da Covilhã







Pêro da Covilhã foi um diplomata e explorador português. Este viajante português viveu no último quartel do século XV e primeiro do século XVI. Pêro nasceu, talvez em 1450, na Covilhã, burgo empoleirado nos contrafortes da Serra da Estrela, virado a Oriente. Portanto, virado a Espanha. Nasceu em Covilhã de onde proveio o seu apelido. Passou muito jovem para o serviço do Duque de Medina Sidónia, em Sevilha, onde permaneceu uns seis ou sete anos. Do ano de 1474 vem para Portugal com D. João de Gusmão, irmão do Duque, e passa para o serviço pessoal de D. Afonso V na qualidade de Moço de Esporas, mas sendo logo promovido a Escudeiro, servindo de armas e cavalo. À morte deste monarca, em 1481, passa para o serviço de D. João II, na qualidade de Escudeiro da Guarda. Foi encarregado de missões secretas em Espanha e mais tarde em África.
Em 1485 D. João II manda Pêro da Covilhã ao Magreb (norte de África) para firmar tratados de paz e amizade com os soberanos de Fez e Tremecém. D. João II manda António de Lisboa e Pedro Montarroio em busca do Preste João. Por desconhecerem a língua árabe, os viajantes não conseguirão ir além da Terra Santa. Mais tarde D. João II manda Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva a demandar a Índia, mas por terra. Antes de partirem Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã são treinados por cosmógrafos régios que lhes passam algumas cartas de marear. A 7 de Maio de 1487 os dois viajantes partem de Santarém rumo ao Egipto, Etiópia e Índia. Bartalomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança. Desembarcam na ilha de Rodes que pertence à ordem religiosa dos Cavaleiros de São João de Jarusalém. Ficam na casa de frades portugueses. É a ultima terra cristã que estão a pisar, porque depois seguirão para Alexandria e o Egipto é terra de infiéis. Mais tarde os dois viajantes alcançam Adem e separam-se. Afonso de Paiva vai em busca do Preste João e Pêro da Covilhã ruma para a Índia. Combinam reencontro no Cairo, junto à porta da cidadela, durante o anoitecer de um dos primeiros noventa dias de 1491. Pêro da Covilhã chega a Calecut em Novembro de 1488. Em finais de Dezembro de 1489 sopram os ventos do nordeste e Pêro da Covilhã está em Ormuz, na costa oriental de África. Pêro da Covilhã sabe da morte de Afonso de Paiva e regressa a Adem. Mais tarde alcança Zeila, mais ao sul, já na costa da Etiópia. Em Maio de 1494, quando Pêro da Covilhã já se prepara para iniciar o regresso a Portugal, morre inesperadamente o Preste Alexandre. Nahu, seu irmão, sobe ao trono do Preste João. Logo trata de impedir o regresso de Pêro alegando o costume de não se deixar sair os forasteiros que cheguem ao reino. Em 1508 morre Nahu e sucede-lhe a rainha Helena. Em 1520 chega ao Reino do Preste o embaixador português D. Rodrigo de Lima. Com ele vem o Padre Francisco Álvares que passa o tempo a conversar com Pêro da Covilhã. O sacerdote toma notas minuciosas dos estranhos costumes daqueles estranhos cristãos da Etiópia, extremamente rudes nas suas penitências. Notas que lhe permitirão mais tarde escrever a “Verdadeira Informação das Terras do Preste João das Índias”. Por volta do ano de 1530 morre Pêro da Covilhã. No estertor vê um anjo luminoso e confunde-o com Afonso, o seu filho português.



Pêro da Covilhã was a Portuguese diplomat and explorer. This Portuguese traveler lived in the last quarter of XV and the beginning of XVI century. Pêro was born, presumably in 1450, in Covilhã, a small town perched on a spur of the Serra da Estrela, facing east or, in other words, facing Spain. He was born in place called Covilhã, from which came his last name.
As a boy, Pêro served the duke of Medina-Sidonia in Sevilla (Seville) for six or seven years. Pêro returned to Portugal with the duke’s brother late in 1474 or early in 1475, when he passed into the service of King Afonso V. First as a junior squire and then as squire, serving with horse and arms. On Afonso’s death, Pêro served his son John II as a squire of the royal quard. Was in charge of covert operations in Spain and later in Africa.
In 1485 King John II sends Pêro da Covilhã to the Maghreb (North Africa) to sign treaties of peace and friendship with the sovereignties of Fez and Tlemcen. King John II sends António de Lisboa and Pedro Montarroio in search of Prester John by land, but as they do not understand arabic they do not manage to travel further than the Holy Land. So later king John II sends Pêro da Covilhã and Afonso de Paiva in search of India, but by land. Before they set off, Afonso de Paiva and Pêro da Covilhã are trained by royal cosmographers who hand them some sea charts. On 7 May 1487, the two tavellers leave from Santarem on their way to Egypt, Ethiopia and India by land. Bartalomeu Dias rounds the Cape of Good Hope. They land on the island of Rhodes which belongs to the religious order of the Knights of St. John of Jerusalem. They rest in a Portuguese monastery. This is the last Christian land they will set foot in, since their next stop in Alexandria and Egypt is the land of the infidels. Later the two travelers reach Aden and split up. Afonso de Paiva goes in search of Prester John and Pêro da Covilhã sets off for India. They arrange to meet up again in Cairo, at the entrance to the citadel, on one of the first 90 evenings of 1491. Pêro da Covilhã arrives at Calicut in November 1488. At the end of December 1489, the north-east wind blows Pêro da Covilhã, in Ormuz, the east coast of Africa. Pêro learns of the death of Afonso de Paiva. Pêro da Covilhã goes back to Aden. Later he reaches Zeila, further south, on the Ethiopia coast.
In May 1494, when Pêro da Covilhã is preparing to begin his return to Portugal, Prester Alexander suddenly suddenly dies. Naod, his brother, takes over the throne of Prester John. He immediately prevents Pêro’s departure, alleging that it is their custom that any foreigners who come to the kingdom are not allowed to leave. In 1508, Naod dies and his queen, Helena, succeeds him. Pêro da Covilhã is kept on as Royal Counsellor. In 1520, the Portoguese Ambassador, Dom Rodrigo de Lima, arrives in the Kingdom of Prester.With him comes Father Fransico Álvares who spends his time talking to Pêro da Covilhã. He takes detailed notes about the peculiar habits of those strange Ethiopian Christians who are extremely crude in their penitence. These notes will later enable him to write the “True Information about the Lands of Prester John of the Indies”.
In about 1530, Pêro da Covilhã dies. During his last breath, he sees a luminous angel which he confuses with Afonso, his Portuguese son.





Pêro da Covilhã - portugalų diplomatas ir keliautojas. Šis portugalų keliautojas gyveno XV amžiaus pabaigoje ir XVI a pradžioje. Pêro gimė maždaug 1450 metais, mažame mieste pavadinimu Covilhã, išsidesčiusiame rytinėje Serra da Estrela dalyje, arba kitais žodžiais tariant visai šalia Ispanijos. Nuo gimtojo miestelio pavadinimo ir kilo jo pavardė.
Būdamas berniuku Pêro tarnavo Medinos – Sidonijos kunigaikščiui Sevilijoje apie 6-7metus. Į Portugaliją jis sugrįžo su kunigaikčio broliu 1474 metų pabaigoje arba 1475 metų pradžioje, ir tuomet pateko į Karaliaus Afonso V tarnybą. Iš pradžių buvo jaunasis dvarininkas, vėliau tarnavo kaip dvarininkas atsakingas už arklius ir ginklus. Po Afonso mirties tarnavo jo sūnui John II, kaip karališkosios sargybos ginklanešys. Buvo atsakingas už slaptas operacijas Ispanijoje ir vėliau Afrikoje.
1485 karalius išiunčia Pero į Maghreb’ą (Šiaurės Afrika) pasirašyti taikos ir draugystės sutarčių su nepriklausomais Fez ir Tlemcen kraštais. Taip pat karalius siunčia António de Lisboa ir Pedro Montarroio ieškoti Prester John žemių, bet dėl jų nemokėjimo susikalbėti arabiškai, jie nesugėbėjo nukeliauti toliau Šventosios Žemės. Dėl šios priežasties vėliau karalius pasiunčia Pêro da Covilhã ir Afonso de Paiva ieškoti Indijos. Prieš jiems išvykstant juos parengia karališkieji kosmografai, kurie išmoko juos orientuotis jūroje pagal žvaigždes. 1478 metų gegužės 7 dieną du keliautojai išvyksta is Santarém’o, ir patraukia link Egipto, Etiopiojos ir Indijos. Tuo tarpu Bartolomeu Dias apiplaukia Gerosios Vilties kyšulį. Pêro ir Afonso išsilaipina Rodo saloje, religingoje Jeruzalės žemėje ir apsistoja portugalų vienuolyne. Tai paskutinė krikščioniška žemė į kurią jie įžengė, nes kita jų stotelė – Aleksandrija ir Egiptas yra stabmeldžių žemės. Kiek vėliau, kai keliautojai pasiekia Adeną, jų keliai išsiskiria. Afonso ieško Prester John žemių, o Pêro patraukia link Indijos. Jie susitaria susitikti Kaire, prie įėjimo į citadelę, vieną iš pirmųjų devyniasdešimties vakarų, 1491– aisiais metais. Pêro atvyksta į Kalikutą 1488, lapkritį. 1489- ųjų gruodžio gale, šiaurės rytų vėjas nupučia Pêro da Covilhã į Ormuz’ą, rytinę Afrikos pakrantę. Pêro da Covilhã sužino apie Afonso de Paiva mirtį. Pêro da Covilhã grįžta į Adeną. Vėliau pasiekia Zeilą, esančią toliau į pietus, Etiopijos krantuose.
1494 metų gegužę, kai Pêro da Covilhã pradeda ruoštis grįžimui į Portugaliją, Prester John žemių valdovas Aleksandras miršta. Naod’as, jo brolis perima valdžią ir greitai suliudo Pêro išvykti, tikindamas, jog pagal jų paročius joks užsienietis, atvykęs į jų žemę, negali jų palikti. 1508 metais Naod’as miršta ir karalienė Helena paveldi sostą. Pêro da Covilhã tampa karališkuoju patarėju. 1520- aisiais portugalų ambasadorius, Dom Rodrigo de Lima atvyksta į Prester karalystę. Su juo atvyksta ir Tėvas Francisco Álvares, kuris praleidžia laiką kalbėdamasis su Pêro da Covilhã. Jis detaliai užsirašo visas pastabas apie tų keistų Etiopijos krikščionių papročius. Šie užrašai vėliau jam padėjo parašytį knygą “True Information about the Lands of Prester John of the Indies”.
Maždaug 1530 metais Pêro da Covilhã miršta. Iškvėpdamas paskutinį atodusį jis pamato švytintį angelą, kurį sumaišo su savo sūnumi Afonso.


http://www.britannica.com/EBchecked/topic/141188/Pero-da-Covilha

http://www.vidaslusofonas.pt/pero_da_covilha.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAro_da_Covilh%C3%A3

http://www.cm-covilha.pt/simples/?f=2389

http://carreiradaindia.net/2007/05/protagonistas/pero-da-covilha/


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