27.9.09

Manuel de Freitas


Texto de Ignas Kalpokas

Manuel de Freitas gimė

1972-aisiais, šiuo metu gyvena Lisabonoje. Pirmąją poezijos knygą išleido 2000-aisiais, šiuo metu yra aštuoniolikos knygų bei daugybės esė, literatūros kritikos straipsnių autorius. Jis taip pat vadovauja leidyklai. Visa tai leidžia vadinti Manuel de Freitas svarbiausia asmenybe portugalų poezijoje pirmajame šio amžiaus dešimtmetyje.

Manuel de Freitas savo eilėraštyje „Becherovka“ rašo:

Rašymas apie mirtį nėra,

tiesą sakant, profesija.

Jo poezijoje vyrauja niūrūs tonai, aiškiai jaučiamas nihilizmas, pats svarbiausias motyvas – mirties. Autorius nesiekia pakeisti pasaulio, neturi didelių iliuzijų dėl ateities. Ateitis yra prarasta nuo pradžių pradžios, o gyventi – tai būti pasmerktam nuolat suktis beprasmybės rate. Tačiau jis nebėga nuo realybės, nesistengia slėptis nuo jos, priešingai, jaučiasi neatskiriama jos dalimi. Visa, ką galima padaryti – tai priimti pasaulį tokį, koks yra, priimti jį su tylia rezignacija. Vis dėlto poezijos atmosferą praskaidrina muzika, ypač – Bachas, anapusinio grožio stebuklas.

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Manuel de Freitas was born in 1972 and now lives in Lisbon. He published his first book of poetry in 2000 and now is the author of eighteen books as well as of numerous essays and articles of literary critique. He also heads a publishing house. All this allows him to be called as the most important personality in the Portuguese poetry of the first decade of this century.

Manuel de Freitas states in his poem ‘Becherovka’:

Writing, about death, isn’t

exactly a profession.

Gloomy tones dominate his poetry with nihilism being clearly felt and the most important motif being the one of death. The author does not aim to change the world, does not have grand illusions about the future. The future is lost from the very beginning and living is being condemned to constantly wander in the circle of vacuity. However, he does not try to escape from reality, does not intend to hide from it, on the contrary, he feels to be an inseparable part of it. The only thing that can be done is to accept the world as it is, to accept it with a silent resignation. Nevertheless, the atmosphere of the poetry is defused by music, especially the music of Bach – a miraculous beauty, lying beyond this world.

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Manuel de Freitas nasceu em 1972 e agora mora em Lisboa. Ele publicou o seu primeiro livro de poesia em 2000 e agora é o autor de dezoito livros, e de numerosos ensaios e artigos de crítica literária também. Ele também dirige uma editora. Tudo isto permite que ele seja chamado como a personalidade mais importante na poesia portuguesa da primeira década deste século.
Manuel de Freitas afirma em seu poema „Becherovka“:

Escrever, sobre a morte, não é

exactamente uma profissão.

Tons sombrios dominam sua poesia, o niilismo é claramente sentido e o motivo mais importante é o da morte. O autor não pretende mudar o mundo, não tem grandes ilusões sobre o futuro. O futuro está perdido desde o início e a vida está sendo condenada a vaguear constantemente no círculo da vacuidade. No entanto, ele não tenta fugir da realidade, não tem a intenção de esconder dela, pelo contrário, sente-se a ser uma parte inseparável do mesmo. A única coisa que pode ser feito é aceitar o mundo como ele é, aceitá-lo com uma resignação silenciosa. No entanto, a atmosfera da poesia é atenuada pela música, especialmente a música de Bach - uma beleza miraculosa, encontrando-se além deste mundo.

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