16.11.09

Emigração Portuguesa para o Brasil



Não existe um trabalho sistemático sobre a emigração portuguesa para o Brasil após a sua independência. De um lado e outro do Atlântico o assunto nunca foi pacífico.
Em Portugal os números desta emigração revelam uma enorme sangria que durante anos o país sofreu, agravada pelo facto da esmagadora maioria destes emigrantes nunca ter regressado, acabando por se naturalizarem brasileiros.
A maior parte dos emigrantes saí de Portugal sobretudo através dos portos de Lisboa, da cidade do Porto, Viana do Castelo, dos Açores (Angra do Heroismo e Ponta Delgada) e da Madeira. Eram também utilizados o portos da Galiza (Vigo, Corunha), situação que está ainda por estudar. Esta dispersão dos pontos de saída dificultou até finais dos século XIX o apuramento estatístico. No Brasil os portos de chegada eram vários, e as estatísticas oficiais até aos anos 80 do século XIX só registam as entradas no porto do Rio de Janeiro.
A partir de 1855 temos em Portugal alguns bons indicadores, antes dessa data existem muitos problemas, apenas temos dados parcelares. Em todo o caso podemos dizer, podemos estimar uma média de nunca inferior a 3 mil emigrantes por ano entre 1822 e 1855 (cerca de 100 mil no total).
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Calcula-se que os emigrantes legais apenas correspondam a 2 terços do total dos emigrantes. Os restantes entravam no Brasil clandestinamente. As despesas com o processo de legalização eram na altura muito elevadas, em especial para os menores de 21 anos. A clandestinidade era facilitada pelo tipo de transporte usado, o qual até aos anos 70 do século XIX, era constituído por veleiros que podiam sair de Portugal ou da Galiza de um pequeno porto e aportarem em qualquer ponto da costa brasileira. Apesar das muitas campanhas para combater esta saída de pessoas, a mesma mostrou-se sempre imparável até princípios dos anos 60 do século XX.
No Brasil esta vaga continua de imigrantes, apesar de ser fundamental para o desenvolvimento do país, não deixava de levantar resistências, nomeadamente dentro da própria comunidade portuguesa. A vinda de mais imigrantes foi por vezes sentida como uma ameaça aos que já estavam instalados. Esta vaga migratória chegou mesmo a ser interpretada como a continuação da anterior ocupação colonial, o que era um incómodo para um país que procurava afirmar a sua independência para à sua antiga metrópole.
O resultado destes preconceitos foi que, embora a documentação seja muito abundante, continuam a ser raros os estudos sistemáticos sobre a maior comunidade de imigrantes no Brasil.
Com base em alguns estudos de reputados especialistas, vamos reconstituir as estatísticas da emigração legal até 1974. Ano em que o Brasil recebeu uma nova vaga de refugiados portugueses oriundos de África, Ásia, mas também de Portugal. A maioria destes "imigrantes", entre os quais se incluíam muitos empresários, parece que nunca se chegou a legalizar como tal.
There is no systematic work on the Portuguese emigration to Brazil after its independence. This matter was never disputed on the other side of the Atlantic.

In Portugal the number of emigration shows a huge drain of the years when the country has been aggravated by the fact that the overwhelming majority of these emigrants never returned and eventually acquired citizenship in Brasil.
Most emigrants went to Portugal mainly through the ports of Lisbon, Porto, Viana do Castelo, the Azores (Horta and Ponta Delgada) and Madeira. They also used the ports of Galicia (Vigo, La Coruna). The situation mentioned still lacks in more detailed studies. This dispersion of exit points was difficult until the late nineteenth century, according the statistical summary. In Brazil, there were several ports of arrival, and official statistics up to 80 years of the nineteenth century have shown only the entries in the port of Rio de Janeiro.

We have a few good indicators in Portugal since 1855 we have in Portugal. Before that date there were many problems, we have only partial data. In any case, we can estimate an average of not less than 3 thousand immigrants per year between 1822 and 1855 (about 100 thousands in total).
It is estimated that legal immigrants only form 2 thirds of the total number of all the Portuguese migrants. The others entered Brazil illegally. The cost of the process of legalization of that time was very high, especially for those under 21 years. The underground was facilitated by the type of transport used, which the ones who were up to 70 years consisted the boats going out of Portugal and Galicia to a small port and disembarked at any point along the Brazilian coast. Despite many campaigns created in order to tackle this out of people, it was always unstoppable until the early 60’s of XX century.

In Brazil this wave of immigrants continues, despite being fundamental to the development of the country. It did raise the resistance, particularly from within the Portuguese community. The arrival of more immigrants was sometimes perceived as a threat to those who were already installed. This wave of migration was even interpreted as a continuation of previous colonial occupation, which was a burden for a country that sought to assert its independence to its former colonial power.
The result of these prejudices was that although the documentation is very abundant, there still are some systematic studies on the largest immigrant community in Brazil.

Based on studies of renowned experts, we reconstruct the legal emigration statistics until 1974. This is the year Brazil received a new wave of Portuguese refugees from Africa, Asia, but also from Portugal. Most of these "immigrants", mostly entrepreneurs, seemed to had failed to be legalized as such.
Nebuvo atliktas joks sistemingas tyrimas sutelktas į portugalų emigraciją į Braziliją nuo jos nepriklausomybės. Kitoje Atlanto pusėje šis klausimas net nebuvo nagrinėtas.
Portugalijos emigracijos skaičius rodo milžinišką nutekėjimą, kad daugelį metų šales padėtį sunkinto tai, kad didžioji dauguma tų emigrantų nebegrįžo ir galiausiai įgijo Brazijos pilietybę.
Dauguma emigrantų išvyko į Portugaliją, daugiausia į Lisabonos, Porto uostus, Viana do Castelo, Azorai (Horta ir Ponta Delgada) ir Madeirą. Išvykimui buvo pasinaudota Galsijos uostais (Vigo La Coruna). Ši XIX amžiaus emigracijos banga buvo itin didelė, remiantis statistiniais duomenimis. Į Braziliją buvo vykstama pasitelkiant šalies uostamiesčius. Remiantis statistikos duomenimis, iki XIX amžiaus antros puses emigracija vyko tik per Rio de Žaneiro uostą.
Nuo 1855 metų Portugalija turėjo daug problemų, bet apie ją randamų duomenų rasta labai mažai. Bet kuriuo atveju, galime pasakyti, žinomas ne mažiau kaip 3 tūkstančių imigrantų per metus skaičius 1822-1855 metais (iš viso apie 100 tūkstančių).
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Manoma, kad legalūs imigrantai sudaro tik 2 trečdalius visų imigrantų. Visi kiti laikomi neteisėtai atvykusiais į Brazilijoją. Įteisinimo procedūrų kainos tuo metu buvo labai didelės, ypač jaunimui iki 21 metų. Į Brazilija iki nuo XIX amžiaus antros pusės buvo vykstama valtimis iš Portugalijos ir Galicijos mažųjų uostų ir išsilaipinant išilgai Brazilijos pakrantėje. Nepaisant daugelio kampanijų, įkurtų spręsti šios emigracijos problemą spręsti, ji buvo nesustabdoma iki XX amžiaus pradžioje.
Brazilijoje šis imigrantų bangos tęsiasi, nepaisant to, kad ji lėtina pagrindinį šalies vystimąsį. Ypač portugalų bendruomenė. Didelis imigrantų atvykimas kartais suvokiamas kaip grėsmė tiems, kurie jau įsikūrė. Ši migracijos banga anksčiau net buvo aiškinama kaip kolonijinė okupacija, siekiant įtvirtinti savo nepriklausomybę, kaip jos buvusios kolonijinės valdžios naštos tęsinys.
Nors dokumentų apie šią situacija yra gausu, tyrimai skirti tirti šią padėtį, susijusią su didžiausia imigrantų bendruomene Brazilijoje, atliekami retai.
Remiantis tyrimais, atkurti teisiniai emigracijos statistiniai duomenys iki 1974. Tai metai, kuriais į Brazilija užliejo nauja portugalų, pabėgėlių iš Afrikos, Azijos banga.. Daugumai šių "imigrantų", tarp kurių buvo daug verslininkų, atrodo, taip ir nepavyko būti įteisintiems ir sėkmingai apsigyventi Brazilijoje.

1 comentário:

  1. Anónimo28.2.10

    desde quando e que o portugues para entrar no brasil pode ser considerado clandestino? quando o brasil era uma colonia PORTUGUESA e a corte de portugal e que ditava as leis a serem cumpridas nesse continente somente cheio ignorancia indigena,e que pelo que vejo chegou ate aos dias de hoje pois vejo que algumas pessoas teimam em nao aceitar a realidade de como a hitoria faz diferenca mas estara sempre ligada aos portugueses queabriram as portas do brasil ao mundo descubrindo-o, se assim nao fosse naturalmente ainda hoje nao se sabia que existia o que chamam isso ai de brasil.

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