30.9.09

Gastão Santana Franco da Cruz



Gastão Santana Franco da Cruz é um poeta, crítico, literário e encenador português. Gastão Santana Franco da Cruz nasceu no dia 20 de Julho de 1941, no número 20 da Rua de Portugal, em Faro, Portugal. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Exerceu as funções de Leitor de Português na Universidade de Londres (King’s College), onde além de Língua Portuguesa, leccionou cadeiras de Poesia, Drama e Literatura Portuguesa. Como poeta uma das principais contribuições para a renovação da linguagem poética portuguesa. Como crítico literário, coordenou a revista Outubro e colaborou em vários jornais e revistas ao logo dos anos sessenta – Seara Nova, O tempo e o Modo. Ligado à actividade teatral, Gastão Cruz foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977) para o qual encenou peças de Crommelynck, Strindberg, Camus, Tchekov. Algumas delas foram, pela primeira vez, traduzidas para português pelo poeta. O percurso literário de Gastão Cruz inclui a tradução de nomes como como William Blake, Jean Cocteau, Jude Stéfan e Shakespeare. A sua obra Rua de Portugal recebeu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, em 2004. Em 2009, A moeda do Tempo merceu o Prémio Correntes d’Escritas.



Gastão Santana Franco da Cruz

Transe (1992)

Num tempo neutro acordo

entre a noite e o dia

sob um céu ilegítimo condensa-se

a mudança

nuvens totais exprimem

a presente longínqua

madrugada

as aves sobrevivem ne queda

ao tempo branco

Acordo sob um céu sob um tecto

dum quarto

Ė uma imagem pobre uma velha

metáfora

No exterior porém

das paredes toalhas além

dos vidros turvos de nuvens

apagadas

agride-me a imagem invisível

opaca

da madrugada externa

que

no dia se espalha

como uma norma espessa

uma neutra linguagem

O céu é como um poço como um mar

como um lago

comparações banais mas as mais

eficazes onde aves

como peixes

transitam lentamente errando

nas palavras

Procuro adormecer

o ilêncio do

da inutiliza a vida

Provavelmente nada

mudará ou talvez

tudo tenha mudado há muito

ou vá mudando

sob o lago do céu onde os

peixes descrevem

ilegítimos voos como velhas

metáforas



Gastão Santana Franco da Cruz yra portugalų poetas, literatūros kritikas ir režisierius. Jis gimė 1941 metų liepos 20 dieną, Faro mieste, Portugalijoje. Gastão baigė filologijos mokslus Lisabonos Universiteto kalbų fakultete. Gastão Santana Franco da Cruz dėstė Londono Karališkojoje kolegijoje, kur be portugalų kalbos, dar mokė poezijos, dramos ir portugalų literatūros. Kaip poetas, jis labai prisidėjo prie poetinės portugalų kalbos atgaivinimo. Kaip literatūros kritikas, jis vadovavo žurnalui „Spalis” ir prisidėjo prie įvairių laikraščių ir žurnalų, leistų 6-ajajme dešimtmetyje, tokių kaip „Seara Nova”, „O Tempo e o Modo”. Teatrinėje veikloje pasireiškė kaip vienas iš teatro grupės „Grupo de Teatro Hoje”(Teatras šiandien) steigėjų. Su grupe pasatatė spektaklius pagal Strindbergą, Kamiu, Čechovą, bei kitus. Kia kuriuos jų darbus poetas pirmąkart išvertė į portugalų kalbą. Gastão Santana taip pat išvertė tokių autorių, kaip Šekspyras, Viljamas Bleikas, Žanas Kokto, kūrybą. Jo darbas „Rua de Portugal” 2004 metais laimėjo Portugalų Rašytojų Asociacijos poezijos apdovanojimą. 2009-asiais už „A Moeda do Tempo” gavo rašytojų prizą „ Prémio Correntes d’Escritas”.


Gastão Santana Franco da Cruz

Transas (1992)

Aš pabundu nenumatytame laike

tarp dienos ir nakties

po kažkokiu netaisyklingu dangum

tvenkiasi kaita

Tobuli debesys išreiškia

tobulą ir dabartinę ryto aušrą

paukščiai krisdami išgyvena

savo laiko prasmę

Aš nubundu po dangumi po kambario

lubomis

Žinau kad tai liūdnas paveikslas

senas nuvargintas simbolis

ir vis dėlto už marškonių pertvarų anapus

išblukusių debesų užtemdytų langų

mane slegia tamsus nematomas

paveikslas

pilkas ryto pakraštys

dienos metu kaskart išplinta

tarsi sutankinta norma

tarsi niekeno kalba

Dangaus šulinys jūra

ar ežeras

tai ti beprasmės metaforos tačiau

įtikina nes jose paukščiai

lyg žuvys

lėtai plevena

tarp žodžių

Aš mėginu užmigti

Dienos tyla nuvertina gyvenimą

ir niekas rodos

nesikeis arba galbūt

seniai jau pasikeitę

ar dar tik kiečiasi iš lėto

po dangaus ežeru kur

žuvys tarsi senąsias metaforas

aprašo savo neteisėtus skrydžius.



Gastão Santana Franco da Cruz is a poet, literary critic and director of Portuguese. He graduated the Philology Faculty of the University of Lisbon. He was a Reader of the Portuguese at University of London (King’s College) where, in addition to Portuguese, taught Poetry, Drama and Literature. As a poet he made a major contribution to the renewal of poetic language in Portuguese. As a literary critic, throughout the sixties, he led the “October” magazine and collaborated in various newspapers and magazines, such as “Seara Nova”,”O Tempo e o Modo”. On the theatrical activity, Gastão was one of the founders of the group “O Teatro Hoje”(Theater Today)(1976-1977), for which staged parts of Crommelynck, Strindberg, Camus, Chekov. Some of them were for the first time translated into Portuguese by Gastão. Gastão Santana also translated authors such as Shakespeare, William Blake, Jean Cocteau. His work “Rua de Portugal” won the Poetry Award of the Portuguese Associacion of Writers in 2004. In 2009, “The Currency of Time” received the Prix for the writers “Prémio Correntes d’Escritas”.



Gastão Santana Franco da Cruz

Trance (1992)

I wake up in unexpected time

between night and day

under illegitimate sky condenses

change

clouds express this total

present perfect in the morning dawn

falling birds survive

their sense of time

I wake under a sky under a ceiling

of the room

I know this is a sad picture

an old metaphor

but veil of wall beyond

A slightly overcast window

the dark invisible imagine

weights me

Gray morning periphery

during the day every time spreads

like a compressed rate

like language of nobody

The sky is well as sea

or as a lake

this is just meaningless metaphors but

convincing because of

satisfaction of the birds as they

like fishes

slowly flutters

between the words

I’m trying to fall asleep

Daily silence devalues life

and no one seems

remain unchanged or possibly

have long been changed

or even is just changing slowly

under the lake of sky

where

Fishes like old metaphors

describes their

illegitimate flights.


Šaltiniai/ sources:



http://pt.wikipedia.org/wiki/Gast%C3%A3o_Cruz

http://www.linguasp.net/BIO_LITERATURA_2.html

http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugu%C3%AAs/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=10151

http://www.tekstai.lt/index.php/zurnalas-metai/488-2008-nr-02-vasaris/3160-gastao-cruz-poezija.html


José Eduardo Agualusa



José Eduardo Agualusa nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal. Os seus livros estão traduzidos para mais de uma dezena de idiomas. A maior parte do tempo gasto em Portugal, Angola e Brasil, trabalhou como escritor e como jornalista. Ele publicou colecções de pequenas histórias, romances e livros de poesia. „Estação das Chuvas” é a biografia romanceada, retrata a vida da poetisa e historiadora angolana Lídia do Carmo Ferreira, que desapareceu em 1992 em Luanda. José Eduardo Agualusa realizou uma grande reportagem sobre a comunidade africana de Lisboa, em parceria com o jornalista Fernando Semedo e a fotógrafa Elza Rocha. A sua novela „Nação Crioula” conta a história de um amor secreto: a misteriosa ligação entre o aventureiro português Carlos Fradique Mendes e Ana Olímpia de Caminha, que, tendo nascido escrava, foi uma das pessoas mais ricas e poderosas de Angola. José Eduardo Agualusa ganhou em 2007 o prémio „Independent Foreign Fiction“ com a tradução do seu romance „O Livro dos Camaleões“, traduzido por Daniel Hahn. Ele é o primeiro escritor de África a ganhar este prémio


„Velho Caxombo sonhou com a mar“

Na última tarde da sua vida, quando depois do costumeiro almoço de fungi e quizaca se estendeu na esteira para gozar a sesta, o velho Caxombo sonhou com a mar. (...) O sol declinava quando, numa angústia crescente, se deu conta de que qualquer cosa estava errada e ele naõ sabia que era. De súbito comprendeu: o silêncio enchia tudo. Um silêncio espesso como uma noite sem lua. Naõ havia pássaros. Todas os pássaros se tinham ido embora. (...) Entaõ Caxombo dobrau – se sobre si mesmo como um bicho-de-conta, e enterrando a cabeça entre as mãos fechou os olhos.- Estou a sonhar – gemeu baixinho – é claro que estou a sonhar.




José Eduardo Agualusa was born in 1960, in Huambo, Angola. He was studying forestry and agronomy in Lisbon. His books are translated in many others languages. Most of his time spends in Portugal, Angola and Brasil working as a writer and journalist. He has previously published collections of short stories, novels, volume of poetry. He has written „Estação das Chuvas”, a biographical novel about Lidia do Carmo Ferreira, the Angolan poet and historian who disappeared mysteriously in Luanda in 1992. In collaboration with journalist Fernando Semedo and photographer Elza Rocha made a work of investigative reporting on the African community of Lisbon. His novel „Nação Crioula” was awarded the Grande Prémio Literário RTP. It tells the story of a secret love between the fictional Portuguese adventurer Carlos Fradique Mendes and Ana Olímpia de Caminha, a former slave who became one of the wealthiest people in Angola. Agualusa won the Independent Foreign Fiction Prize in 2007 for the English translation of his novel „The Book of Chameleons”, translated by Daniel Hahn. He is the first African writer to win the award since its inception in 1990.



„Old Caxombo dreamt of the sea“

On the last afternoon of his life, when, after his customary lunch of fungi and quizaca, he stretched out on the straw mat to enjoy a siesta, old Caxombo dreamt of the sea. (...) The sun was slowly sinking when, with growing anguish, he realised that something was wrong and he didn’t know what it was. He suddenly understood: the silence filled everything. A silence as thick as a moonless night. There were no birds. All the birds had gone away.(...).So Caxombo curled up like a woodlouse, and, burying his head in his hands, he closed his eyes.‘I’m dreaming,’ he groaned, ‘I’m clearly dreaming.’



José Eduardo Agualusa gimė 1960 metais Huambe, Angoloje. Jis studijavo miškininkystę ir agronomiją. Jo knygos yra išverstos į daugybę kitų kalbų. Daugiausia savo laiko jis praleido Portugalijoje, Angoloje ir Brazilijoje dirbdamas rašytoju ir žurnalistu. Jis publikavo trumpų istorijų rinkinius, romanus, poezijos knygas. José Eduardo Agualusa parašė biografinį romaną „Estação das Chuvas”. Tai pasakojimas apie Lidia do Carmo Ferreira, Angolos poetę ir istorikę, kuri paslaptingai dingo Luandoje 1992 metais. Bendradarbiaudamas su žurnalistu Fernando Semedeo ir fotografe Elza Rocha parengė tiriamąjį reportažą apie Afrikos bendruomenę Lisabonoje. Jo romanas „Nação Crioula” buvo apdovanotas didžiąja literatūros premija. Šis romanas apie slaptą meilę tarp pramanytų Portugalijos nuotykių ieškotojo Carlos Fradique Mendes ir Ana Olímpia de Caminha, buvusios vergės, kuri tampa viena turtingiausių Angoloje. José Eduardo Agualusa 2007 metais laimėjo Nepriklausomą užsienio grožinės literatūros prizą už romano „Chameleonų knyga“ anglišką vertimą, vertėjas Daniel Hahn. Jis pirmasis Afrikos rašytojas laimėjęs šį prizą nuo tokio apdovanojimo idėjos įgyvendinimo 1990 metais.


„Senasis Caxombo sapnavo jūrą”

Paskutinę savo gyvenimo popietę, po jo įprastinių fungi ir quizaca pietų, jis išsitiesė ant šiaudų pasimėgauti vidurdienio poilsiu, senasis Caxombo sapnavo jūrą. (...) Saulė lėtai leidosi, ir su augančiu sielvartu, jis suprato kad kažkas yra blogai ir jis nežinojo kas. Jis staiga suprato: tyla užpildė viską. Tyla tiršta kaip naktis be mėnesienos. Nebuvo paukščių. Visi paukščiai išskrido. (...)Taigi Caxombo susirietė į kamuoliuką, priglaudė galvą savo rankose, užsimerkė.„Aš sapnuoju, jis atsiduso, aš tikrai sapnuoju.“


Šaltiniai/Sources

Pedro Mexia


Pedro Mexia nasceu a 1972, em Lisboa, Portugal. Ele é bacharel em Direito e tem o grau de mestre de Cultura e Literatura Americana.
Pedro Mexia é não somente escritor mas também crítico literário português. Entre 1998 e 2007 fez crítica literária no Diário de Notícias. É desde 2007 crítico no jornal Público, onde também assina uma crónica semanal, e também escreve mensalmente na revista LER. Frequentemente participa em programas de comentário político na televisão.
Pedro Mexia publicou seis livros de poemas: Duplo Império (1999), Em Memória (2000), Avalanche (2001), Eliot e Outras Observações (2003), Vida Oculta (2004), Senhor Fantasma (2007).
Aqui está um poema publicado na coleção de poesia Vida Oculta:

Nunca mais

Nunca mais, disse o corvo.
Mas que sabia o corvo
Sobre “nunca” e “sempre”?
Quem sabe se tudo, se era essa
A mazão da sua negura, tendo entervisto
Num voo nocturno o eixo
Da roda que de um minuto
Para o outro se quebra
E o eterno retorno como um
Velho relógio que pára entre as onze
E as doze por muitos quos.

Nunca mais, disse, e não precisou
De dizer de novo, porque em breve
O “nunca mais” tomou o sítio
Do corvo e aparecia à janela
Como uma frase maldita.
E de nenhuma ontra sabemos
Tão pouco que a confundamos
A noite com a sobra de um pássaro.

***********
Pedro Mexia was born in 1972, in Lisbon, Portugal. He has bacaalaureate of law and master degree of American culture and literature.


Pedro Mexia is not only a writer, but also a critic of the Portuguese literature. Between 1998 and 2007 he made the critic of literature in Diário de Notícias. Since 2007 makes critic in Público magazine, there he also signs the weekly chronicle, and monthly writes in LER magazine. He often participates in the political debates on television.

Pedro Mexia has published six poetry books: Duplo Império (1999), Em Memória (2000), Avalanche (2001), Eliot e Outras Observações (2003), Vida Oculta (2004), Senhor Fantasma (2007). There is one of his poems published in the collection of poetry Vida Oculta (Hidden Life):


Nevermore

Nevermore, said the crow.
But what did the crow know
About “never” and “always”?
Who knows if everything, if that was
The reason for its blackness, having glimpsed
On a night flight the axle
Of the wheel that from one moment
To the next is broken
And the eternal return like an
Old clock that has been stopped between eleven
And twelve for many years.
Nevermore, it said, and it didn’t need
To say it again, because soon
The “nevermore” took the place
Of the crow and appeared at the window
Like an accursed phrase.
And of no other do we know
So little that we confuse it
At night with the shadow of a bird.

***********

Pedro Mexia gimė 1972 m. Portugalijoje, Lisabonoje. Jis turi teisės bakalauro ir Amerikos kultūros ir literetūros magistro laipsnį.

Pedro Mexia yra ne tik rašytojas, bet ir portugalų literatūros kritikas. Tarp 1998-ųjų ir 2007-ųjų metų jis rašė literatūros kritiką Diário de Notícias. Nuo 2007 rašo Público žurnale, kur taip pat žymi savaitinę kroniką, ir kas mėnesį rašo žurnale LER. Jis dažnai dalyvauja televiziniuose politikos debatuose.


Pedro Mexia publikavo šešias poezijos knygas: Duplo Império (1999), Em Memória (2000), Avalanche (2001), Eliot e Outras Observações (2003), Vida Oculta (2004), Senhor Fantasma (2007). Čia vienas iš elėraščių, publikuotų poezijos rinkinyje Vida Oculta (Slaptas gyvenimas):

Daugiau niekada

Daugiau niekada,- tarė varna.
Bet, ką varna žinojo
Apie “niekada’ ir “visada”?
Kas žino, kad viskas, kas buvo
Priežastim to juodumo, blykstelėjusio
Naktiniame rato ašies skrydyje, kuri
Nuo vienos akimirkos iki kitos
Yra lūžusi
Ir amžinas sugrįžimas
Kaip seno laikrodžio, kuris sustojo tarp vienuoliktos
Ir dvyliktos daugybei metų.


Daugiau niekada, - ji pasakė, ir nereikėjo to daugiau sakyt,
Todėl, kad greit
„Daugiau niekada“ užėmė varnos vietą
Ir pasirodė lange
Kaip nepakenčiama frazė.
Ir apie nieką kitą mes nežinom tiek mažai,
Kad sumaišome tai naktyje
Su paukščio šešėliu.



Šaltiniai/Sources:


PAULA TAVARES


A apresentação da Paula Tavares

Decidi apresentar esta autora, porque eu estou realmente impressionada com o seu estilo de vida, com a sua maneira de pensar e com todas as obras boas que ela fez durante a sua vida.
O nome completo desta poetisa é Ana Paula Ribeiro Tavares. Ela nasceu no Lubango, província da Huíla, a 30 de Outubro de 1952. Passou parte da sua infância naquela província, onde fez os seus estudos primário e secundário. Iniciou o seu curso de História da Faculdade do Lubango, terminando-o em Lisboa. Em 1996 concluiu o Mestrado em Literaturas Africanas e prepara um doutoramento em História da África.
Ana Paula Tavares é a diretora de Desenvolvimento da Rainforest Alliance desde Maio de 2000. Antes disso, ela foi um dos sócios fundadores da New Frontiers Group, um grupo de serviços financeiros em São Paulo, Brasil, que promove fundos de investimento para a bio-diversidade, a gestão florestal sustentável, a exploração sustentável dos recursos energéticos. Tavares também foi a Diretora de Desenvolvimento da Ciência no New York Botanical Garden, onde levantou fundos para as organizações Science Division. Anteriormente, ela passou nove anos na Associação, Desenvolvimento e Projetos Especiais na Martha Graham Center of Contemporary Dance. Ela possui um BFA em Marymount Manhattan College em Nova York. Tavares, é atualmente trabalha na Secretaria de Estado da Cultura, e é membro da União dos Escritores Angolanos, do Comité Angolano do Conselho Internacional de Museus, da Associação Angolana de Ambiente, e da Comissão de Angola da UNESCO.
Presentemente, Ana Paula é uma das mais importantes vozes femininas na poesia de Angola. Sua poesia foi influenciada pelo trabalho de três poetas angolanos, Davi Mestre, Arlindo Barbeitos e Rui Duarte de Carvalho, e os poetas brasileiros Bandeira e Drummond. Ela escreve sobre tradições e línguas de Angola, sobre o amor e a guerra, sobre a tristeza e as mulheres. Tem poemas escritos em diversos jornais e revistas angolanos e internacionais como em Portugal, Brasil, Cabo Verde. As suas obras publicadas são: Ritos de Passagem (1985), O Sangue da Buganvília (1998), O Lago da Lua (1999), Dizes-me coisas amargas como os frutos (2001), Ex-Votos (2003), Cabeça de Salomé (2004), Manual Para Amantes Desesperados (2007).
Ana Tavares decidiu tornar-se poetisa quando Angola se tornou independente em 1975. Esta escritora sentia o desejo de dar voz às mulheres que haviam apoiado o país durante os anos de guerra sangrenta. "Eu pensei que devia escrever sobre coisas muito íntimas, que ninguém escreveu sobre: amor, morte, dando à luz, acendendo o fogo, trabalhar e buscar água."
Aqui é o que ela diz sobre a sua decisão de se tornar uma escritora: „Era uma criança muito solitária - agora eu sou comunicativa, então eu cresci lendo, fazendo poemas e escrevendo histórias, mas eu não decidi publicar até que Angola se tornasse independente. A revolução começou quando tinha 20 anos e era então muito mais importante para mim participar na revolução, mas quando cheguei perto de 30, eu disse: "Tenho que publicar agora ou eu vou ficar em silêncio para sempre". Os poetas da época estavam apenas dizendo o quão importante é ser independente e revolucionário. Mas disse: "Este país é suportado pelas mulheres e ninguém está falando sobre isso e estou indo para dar voz a esse silêncio, aos gritos e à força, porque as mulheres angolanas são muito fortes, com que elas apoiaram o país durante os momentos difíceis".
Você pode ouvir a entrevista completa neste site: http://static.rnw.nl/migratie/www.radionetherlands.nl/africa/programmes/africainprogress/angolanpoetanatavares20080905-redirected

Presentation of Paula Tavares

I have chosen to present this author, because I was really impressed by her lifestyle, way of thinking and all the good works she have done in her life.

The poet's full name is Ana Paula Ribeiro Tavares. She was born in Lubango, the province of Huila, in the south of Angola on the 30th of October 1952. She spent part of her childhood in the same province and went to primary and secondary school there. Later she studied History at the faculty of Lubango and completed her studies in Lisbon. In 1966, she gained her master’s degree in African literature and started her doctor’s thesis in African history.
Ana Paula Tavares is the director of the development at Rainforest Alliance since May 2000. Prior to joining the Rainforest Alliance, Tavares was a founding partner at New Frontiers Group, a financial services group in São Paulo, Brazil that promoted investment funds for biodiversity, sustainable forestry. Tavares has also worked as the director of science development at the New York Botanical Garden, and in Membership, Development and Licensing at the Martha Graham Center of Contemporary Dance. She holds a BA from Marymount Manhattan College. Tavares is currently employed by the Secretary of State for Culture, and is a member of the Angolan Writers Union, the Angolan Committee of the International Council of Museums, the Angolan Association of Environment and the Committee of Angola UNESCO.
Presently Ana Paula is one of the most important female voices in the poetry of Angola. Her poetry was influenced by the works of three Angolan poets: David Mestre, Arlindo Barbeitos and Rui Duarte de Carvalho, by Brazilian poets Bandeira and Drummond. She writes about Angolan traditions and languages, about love and war, sadness and women.Her poems have been published in various Angolan as well as international newspapers and magazines in Portugal, Brazil and Cape Verde. These are her published works: Ritos de Passagem (1985), O Sangue da Buganvília (1998), O Lago da Lua (1999), Dizes-me coisas amargas como os frutos (2001), Ex-Votos (2003), Cabeça de Salomé (2004), Manual Para Amantes Desesperados (2007).
Ana Tavares decided to become a poet when Angola became independent in 1975. This writer felt the urge to give a voice to the women who had supported the country during the years of bloody war. "I thought I must write about very intimate things that nobody else wrote about: love, death, giving birth, lighting the fire, working and fetching water."
Here is what she says about her decision to become a writer: “I was a very lonely child - now I am communicative- , so I grew up reading, making poems and writing stories but I did not decide to publish until Angola became independent. The revolution broke out when I was 20 years old and it was then much more important to participate in the revolution, but when I got close to 30, I said "I publish now or I will be silent forever". The poets at the time were just saying how important it is to be independent and revolutionary. But I said: "this country is supported by women and no one is speaking about that and I'm going to give voice to that silence, to those cries and that strength, because Angolan women are very strong, they supported the country during the difficult moments".
You can hear the full interview on this site: http://static.rnw.nl/migratie/www.radionetherlands.nl/africa/programmes/africainprogress/angolanpoetanatavares20080905-redirected

Paula Tavares pristatymas

Nusprendžiau pristatyti būtent šią autorę, kadangi buvau ypač sužavėta jos gyvenimo būdu, mąstymu ir visais gerais darbais, kuriuos ji nuveikė.

Pilnas šios poetės vardas yra Ana Paula Ribeiro Tavares. Ji gimė Lubango, Huila provincijoje, pietų Angoloje 1952 metų spalio 30 dieną. Dalį savo vaikystės ji praleido gimtojoje provincijoje, kur lankė mokyklą. Vėliau ji pradėjo studijuoti istoriją Lubango fakultete ir studijas baigė Lisabonoje. 1996 metais jį įgijo Afrikos literatūros magistro laipsnį ir pradėjo Afrikos istorijos doktorantūros studijas.
Nuo 2000 metų Ana Paula Tavares yra Rainforest aljanso plėtros direktorė. Prieš pradėdama dirbti Rainforest aljanse, Tavares buvo viena iš New Frontiers Group steigėjų. New Frontiers Group tai – finansinių paslaugų grupė, įkurta San Paule, Brazilijoje, remianti ir skatinanti investicijas į biologinės įvairovės ir ekologinę pusiausvyrą išlaikančios miškininkystės fondus. Tavares taip pat vadovavo Niujorko botanikos sodo gamtos mokslų vystymo departamentui. Ji dirbo ir Martha Graham šiuolaikinio šokio centro narystės, plėtros ir licencijų departamente. Manheteno Marymount koledže įgijo bakalauro laipsnį. Dabar Tavares dirba su valstybės sekretoriumi kultūrai ir yra Angolos rašytojų sąjungos, Angolos tarptautinės muziejų tarybos komiteto, Angolos aplinkos asociacijos bei Angolos komiteto prie UNESCO narė.
Šiuo metu Ana Paula balsas yra vienas iš svarbiausių balsų Angolos poezijoje. Jos poeziją įtakojo tokių Angolos poetų kaip David Mestre, Arlindo Barbeitos ir Rui Duarte de Carvalho darbai bei brazilų rašytojų Bandeira ir Drummond kūryba. Ji rašo apie Angolos tradicijas ir kalbą, apie meilę ir karą, liūdesį ir moteris. Jos kūriniai buvo publikuojami įvairiuose žurnaluose bei laikraščiuose ne tik Angoloje, bet ir Portugalijoje, Brazilijoje bei Žaliajame kyšulyje. Yra išleisti šie Ana Paula Tavares darbai: Ritos de Passagem (1985), O Sangue da Buganvília (1998), O Lago da Lua (1999), Dizes-me coisas amargas como os frutos (2001), Ex-Votos (2003), Cabeça de Salomé (2004), Manual Para Amantes Desesperados (2007).
Ana Tavares nusprendė tapti poete 1975 metais, kai Angola tapo nepriklausoma. Ši rašytoja jautė poreikį išreikšti balsą moterų, kurios palaikė šalį visus kruvinojo karo metus. „Maniau, kad turiu rašyti apie labai intymius dalykus, apie kuriuos nerašė niekas kitas – apie meilę, mirtį, gimimą, ugnies įžiebimą, darbą ir vandens atvedimą“.
Štai ką ji pati sako apie savo sprendimą tapti rašytoja: „ Buvau labai atsiskyręs vaikas – dabar aš jau esu komunikabili – taigi užaugau skaitydama knygas, kurdama poemas ir rašydama istorijas, bet nebuvau nusprendusi jų publikuoti, kol Angola netapo nepriklausoma. Revoliucija prasidėjo kai man buvo 20 metų ir tuo metu dalyvavimas joje buvo daug svarbesnis. Bet, artėjant mano trisdešimtmečiui, pasakiau „arba išleisiu savo kūrybą dabar, arba tylėsiu amžinai“. To meto poetai tik kalbėjo, kaip svarbu būti nepriklausomiems ir revoliucingiems. Bet aš pasakiau: „šią šalį remia moterys, tačiau niekas apie tai nekalba, todėl aš „įgarsinsiu“, išreikšiu tą tylą, tas raudas ir ta stiprybę, nes Angolos moterys yra ypač labai stiprios ir būtent jos palaikė šalį sunkiausiu metu“.
Pilną interviu su šia rašytoja galima išklausyti čia: http://static.rnw.nl/migratie/www.radionetherlands.nl/africa/programmes/africainprogress/angolanpoetanatavares20080905-redirected

Literatura/ Literature/ Literatūra:
1.http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=116
2.http://www.poetry.nl/read/58/dichter/id/42403
3.http://www.editorial-caminho.pt/bin_exe/process_html_404.asp?ido=show_autor__q1area_--_3Dcatalogo__--_3D_obj_--_3D31832__q236__q30__q41__q5&ida=
4.www.ukzn.ac.za/cca/PoetryAfrica2002bios20.html+ana+paula+tavares+doctorado&cd=6&hl=lt&ct=clnk&gl=lt

Traducido por/ translated by:/ išversta:
Lina Z, Sofia G.

Jacinto Lucas Pires



Jacinto Lucas Pires é um escritor, argumentista, realizador e cantor português, filho do advogado, jurisconsultor, professor universitário e dirigente político Francisco Lucas Pires.

Jacinto Lucas Pires nasceu no Porto, em Portugal, a 14 de Julho de 1974 (vive em Lisboa), estudou Direito na Universidade Católica de Lisboa.

Prosseguindo os passos do seu pai, no gosto pela escrita, Jacinto Lucas Pires publicou, em 1996, o seu primeiro livro, um livro de contos intitulado "Para Averiguar do seu Grau de Pureza".

Descoberta esta faceta, a imaginação criativa não lhe deu mais tréguas, sendo já muitos e diversificados os títulos editados, em género narrativo, dramático e a crónica.

Freqüentou a New York Film Academy e escreveu e realizou duas curtas-metragens: ‘Cineaamor’, de 1999, e ‘B.D.’, de 2004. Além desses, foi responsável pelo argumento de ‘Almirante Reis’ e ‘Nome Próprio’.

Na escrita, tem como referência escritores como Flannery, O`Connor, Alice Munroe e Don DeLillo, autor que, segundo Jacinto, fala sobre grandes acontecimentos históricos e políticos, sendo um escritor de grande escala e ao mesmo tempo muito ligado à minúcia do ser humano.

Paralelamente às suas atividades na literatura e no cinema, o escritor português escreve ainda para dois jornais, atividade que considera como uma forma de ligação permanente com o mundo à sua volta.

“Ler é nem mais nem menos que o melhor teletransporte para subir ao coração do mundo.” - Jacinto Lucas Pires.

Jacinto Lucas Pires yra rašytojas, scenaristas, portugalų režisierius ir dainininkas, advokato, teisės žinovo, universiteto profesoriaus, politinio lyderio Francisco Lucas Pires sūnus.

Jacinto Lucas Pires gimė 1974 metų liepos 14-ą dieną Porto mieste, Portugalijoje (dabar gyvena Lisabonoje), studijavo teisę Lisabonos katalikiškame universitete.

Sekdamas savo tėvo pėdomis, karštligiškai susidomėjęs rašymu, Jacinto Lucas Pires 1996 m. išleidžia savo pirmą novelių knygą "Grynumo mastui išreikšti".

Nagrinėjant pasirinktąjį aspektą, rašytojo laki vaizduotė jam nedavė atsikvėpti, publikuota dar daug įvairių antraščių, parašytų dramatišku, įsisenėjusiu pasakojimo stiliumi.

Jacinto Lucas Pires lankėsi Niujorko Kino Akademijoje, ten sukūrė ir parodė du trumpametražius filmus: 1999 m.„Cineaamor“ ir 2004 m. „BD“. Beto, jis aprašė filmus „Almirante Reis’” and „Nome Próprio”.

Rašydamas Jacinto Lucas Pires yra artimas tokiems autoriams kaip: Flannery, O`Connor, Alice Munroe e Don DeLillo- tai autoriai, kurie, pasak rašytojo, pasakoja apie svarbiausius istorinius ir politinius įvykius, tačiau tuo pačiu metu neatsijungia nuo žmogiškosios būties smulkmenų.

Neskaitant veiklos literatūros ir kino srityse, portugalų autorius taip pat rašo dviems laikraščiams – tai veiklos forma, kuri autorių palaiko nuolatiniame ryšyje su supančiu pasauliu.

„Skaityti – tai nei mažiau nei daugiau kaip geriausia teleportacija į pasaulio širdį.“ - Jacinto Lucas Pires.

Jacinto Lucas Pires is a writer, screenwriter, director and singer Portuguese, son of the lawyer, jurist, professor and political leader Francisco Lucas Pires.

Jacinto Lucas Pires was born in Oporto, in Portugal, on 14 July 1974 (lives in Lisbon), studied law at the Catholic University of Lisbon.

Continuing his father's footsteps, the love of writing, Jacinto Lucas Pires published in 1996, his first book, a book of short stories titled "To Investigate the degree of purity."

Discovering this aspect, the creative imagination gave him no more truce, and have many and varied the titles published in the narrative genre, dramatic and chronic.

He attended the New York Film Academy and wrote and performed two short films: 'Cineaamor', 1999, and 'BD', 2004. Besides these, was responsible for the argument of 'Almirante Reis' and 'First Name'.

In writing, has the reference writers like Flannery O'Connor, Alice Munroe and Don DeLillo, author, according to Jacinto, talks about major historical and political events, and a writer of great range and at the same time very connected to the minutiae of being human.

In addition to his activities in literature and film, the Portuguese writer also writes for two newspapers, an activity considered as a form of permanent connection with the world around them.

“Read is neither more nor less than the best teleport to go to the heart of the world.” - Jacinto Lucas Pires.

http://www.gryphus.com.br/autor_pires.html

http://cultura.fnac.pt/dossiers/Leituras/jacinto-lucas-pires

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacinto_Lucas_Pires

http://www.artistasunidos.pt/lucas_pires.htm

http://www.wook.pt/authors/detail/id/9636

Pedro Mexia

Pedro Mexia nasceu 1972, em Lisboa. Ele é um escritor e crítico literário português.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Entre 1998 e 2007 fez crítica literária no Diário de Notícias. É desde 2007 crítico no jornal Público, onde também assina uma crónica semanal. Participou em programas de comentário político na televisão. Tem colaborado regularmente em projectos das Produções Fictícias. Exerce actualmente as funções de director interino da Cinemateca Portuguesa.
Publicou seis livros de poemas: Duplo Império, Em Memória, Avalanche, Eliot e Outras Observações, Vida Oculta, Senhor Fantasma e duas colectâneas de crónicas: Primeira Pessoa e Nada de Melancolia.
Pedro Mexia é um dos nomes emergentes da poesia portuguesa e uma das vozes de maior justeza, no domínio da crónica e da crítica literária.


“A escrita será a sua única utopia, já que carece em absoluto de fé em qualquer outra. Não acredita na bondade dos Homens nem das sociedades e assume o que já sabiam os egípcios, que não há nada de novo debaixo do sol.”

Pedro Mexia veio à Lituânia em 2007, onde participou no Festival “Primavera de Poesia”.

Prata Rápida

Eu nunca sei
Qual é a minha temperatura corporal,
Se eu deixar de reconhecê-lo.
E eu não sei o que recorrer,
Quando quebra um termômetro
E suffuse prata no chão,
E não podemos impedí-lo --
Em todo o lote.

Pedro Mexia was born 1972, in Lisbon. He is a portuguese writer and literary critic.
He has law degree from the Catholic University. From 1998 to 2007 he did literary criticism in the Daily News. He is a critic since 2007 in the Public journal, where he also is a weekly columnist. He participated on television in programs of political comentary. He has regulary collaborated on projects of Fictional Productions. Now he is a director of the Portuguese Cinematique.
He published six poetry books: Double Empire, In Memory, Avalanche, Eliot and Other Observations, Occult Life, Phantom Lord and two chronicle collections: First Person and Nothing Melancholy.
Pedro Mexia is one of the emerging names in Portuguese poetry and one of the greatest voices of fairness in the field of chronic and literary criticism.


“Writing is the only utopia because it lacks in absolute faith in any other. Do not believe in the goodness of men or of societies and assume that the Egyptians already knew that 'there is nothing new under the sun. "

Pedro Mexia had come to Lithuania in 2007, where he participated in „Springo of Poetry“

Quicksilver

I never know
What's my body temperature,
If I cease to recognize you.
And I do not know what to resort,
When a thermometer breaks
And silver suffuse on the floor,
And we can not restrain it --
In any lot.

Perdo Mexia gimė 1972 m., Lisabonoje. Jis yra portugalų rašytojas ir literatūros kritikas.
Katalikų universitete jis įgijo teisininko diplomą. Nuo 1998m. iki 2007m. jis buvo literatūros kritikas Daily News. Nuo 2007 m. jis yra žurnalo Public kritikas, kur taip pat jis yra savaitinių straipsnių autorius. Jis dalyvavo televizijos laidose apie politikų komentarus. Jis reguliariai bendradarbiavo ir prisidėjo prie Beletristinių Produktų projektų. Šiuo metu jis yra Portugalų kinematografijos direktorius.
Jis išleido šešias poezijos knygas: Dviguba Karalystė, Atmintyje, Lavina, Eliotas ir Kiti Stebėjimai, Slaptas Gyvenimas, Šmėklų Valdovas ir dvi metraščių kolekcijas: Pirmasis Žmogus ir Nieko Melancholiško.
Pedro Mexia yra vienas iš iškilusių vardų Portugalų poezijoje ir vienas iš geriausių nešališkumo balsų įsisenėjusioje literatūros kritikoje.

„Rašymas yra vienintelė utopija, nes jam trūksta absoliutaus tikėjimo kuo nors kitu. Netikėkite žmonių ar visuomenių dievais ir manykite, jog egiptiečiai jau žinojo, kad po saule nieko nėra nauja.“

Pedro Mexia buvo atvykęs į Lietuva 2007 m.ir dalyvavo „Poezijos Pavasaryje“.

Gyvsidabris

Aš niekuomet nesužinosiu,
Kokia mano kūno temperatūra,
Jei nepažinsiu tavęs.
Ir aš nežinau, ko griebtis,
Kada termometras sudūžta
Ir sidabras pasrūva grindim,
O mes negalim jo suturėti –
Jokiais burtais.


Literatura:
http://ofuncionariocansado.blogspot.com/2007/12/pedro-mexia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Mexia
http://www.culture.lt/lmenas/?leid_id=3144&kas=spaudai&st_id=10869

29.9.09

Apresentação - Audra

- Olá! Chamo-me Audra. Eu tenho 21 anos. Sou lituana e moro em Kaunas, na Lituânia, com a minha família. Sou estudante de Administração Pública na Universidade Vytautas Magnus. Eu falo inglês, um pouco espanhol e russo. Agora estudo português. Não sou casada; sou solteira.

Eduardo White







Eduardo White nasceu a 21 de Novembro de 1963, em Quelimane, Moçambique. Ele é um dos mais importantes poetas da atual literatura africana em língua portuguesa. A primeira colecção de poesia, Amar Sobre o Índico, foi publicada em 1984. Ele escreveu várias outras colecçães de poesia: Homoíne (1987), Janela para Oriente (1999) etc. Eduardo é membro da Associação dos Escritores Moçambicanos. Os seus livros ganharam vários prémios. Em 1992 ele ganhou o Prémio de Poesia Nacional Moçambicano. Em 2001 foi considerado em Moçambique a figura literária do ano.
Todos seus poemas são abundantes em ternura, melodia, lirismo, e por vezes em erotismo e todos reflectem o mesmo tópico de amor. A poema Peso da vida! da sua terceira colecção País de Mim (1990) não é uma exceção.

O peso da vida!

O peso da vida!
Gostava de senti-lo à tua maneira
e ouvi-la crescer dentro de mim,
em carne viva,

não queria somente
rasgar-te a ferida,
não queria apenas esta vocação paciente
do lavrador,
mas, também, a da terra
e que é a tua


Assume o amor como um ofício
onde tens que te esmerar,

repete-o até à perfeição,
repete-o quantas vezes for preciso
até dentro dele tudo durar
e ter sentido

Deixa nele crescer o sol
até tarde,
deixa-o ser a asa da imaginação,
a casa da concórdia,

só nunca deixes que sobre
para não ser memória.


Eduardo White was born on November 21, in 1963, in Qualimane, Mozambique. He is one of the most important poets of the current African literature in Portuguese language. His first collection of poetry Amar Sobre o Índico was published in 1984. He also has written several other collections of poetry: Homoíne (1987), Janela para Oriente (1999) etc. Eduardo is a member of The Association of Mozambique‘s writers. His writings have won several prizes. In 1992 he won the Mozambican National Poetry Prize. He was awarded Mozambican literary figure of 2001.
All of his poems are full of tenderness, melody, lyricism, sometimes eroticism and are connected by the same topic of love. A poem „The Burden of Life” from his third collection País de Mim (1990) is not an exception.

The Burden of Life!

The burden of life!
I loved bearing it, just like you,
hearing it grow inside me,
in living flesh.

I didn't only want
to open your wound,
I didn't only want
the patient vocation of a labourer:
I wanted the earth's vocation too,
which also is yours.

Treat love like a profession,
to be practised with great care.

Repeat to perfection
as often as necessary,
until it lasts
and everything inside
is in the right place.

Let the sun rise into the night.
Never let love become a leftover, a memory.

(traslated by w ww.p oe trytran slat ion. org)

Eduardo White gimė 1963 m. lapkričio 21 dieną Quelimane, Mozambike. Jis yra vienas iš svarbiausių poetų Afrikos literatūroje, rašančių portugališkai. Pirmąjį poezijos rinkinį “Amar Sobre o Índico “ parašė 1984 m. Taip pat yra išleidęs keletą kitų poezijos rinkinių: Homoíne (1987), Janela para Oriente (1999) ir kt. Eduardo yra Mozambiko rašytojų asociacijos narys. Jo kūriniai yra pelnę ne vieną apdovanojimą. 1992 m. laimėjo nacionalinį Mozambiko poezijos apdovanojimą. 2001 m. jis pripažintas svarbiausia tų metų Mozambiko literatūros figūra.
Visos jo poemos pasižymi švelnumu, melodingumu, lyriškumu, kartais net erotizmu bei jas visas sieja ta pati meilės tema. Poema „Gyvenimo našta“ iš trečio rinkinio País de Mim (1990) nėra išimtis.


Gyvenimo našta!

Gyvenimo našta!
Man patiko jį nešti, kaip ir tau,
Girdėti jį augant savyje,
Gyvame kūne.

Aš nenorėjau tik
atverti tavo žaizdos,
Aš nenorėjau tik
darbininko kantraus pašaukimo.
Aš norėjau ir žemės pašaukimo,
kuris yra ir tavo.


Elgtis su meile kaip su profesija,
praktikuojama atsargiai


Kartoti iki tobulybės
taip dažnai kiek būtina,
iki tol, kol tai truks
ir viskas viduje
bus savo vietoje.

Te pakyla saulė naktį,
Lai meilė niekada netampa atgyvena, prisiminimu.

(vertimas gali būti netikslus)


Sources/Šaltiniai:
http :/ /w ww.poetrytranslation. org/poems/36/The_Burden_of_Life/original
http:/ / lusofonia.com.sapo.pt/white.htm
http :/ /w ww.wook. pt/authors/detail/id/32519
http :/ /w ww.ukzn.ac.za/ cca/images/pa/pa2006/pg/White.htm